Estrutura geológica e o relevo do Brasil
Estrutura
geológica e relevo do Brasil
Chamamos
de estrutura geológica as rochas que compõem um determinado
local e podem ser dispostas em diferentes camadas, ser de diferentes
tipos, idades e originadas por distintos processos naturais. A
importância da estrutura geológica depende das riquezas
minerais a ela associadas e do seu papel na constituição do relevo
e do solo do local.
O
ponto de partida para compreender a estrutura geológica de um lugar
é saber quais são os tipos de rochas predominantes. Dependendo do
tipo de rocha, podemos reconhecer três tipos principais de
estruturas geológicas:
*Escudos
cristalinos ou maciços antigos: compostos de rochas cristalinas
(ígneas, ou magmáticas, e metamórficas), são estruturas bastante
resistentes e rígidas. De idades geológicas bem antigas (das eras
Pré-Cambriana e Paleozoica), originam relevos planálticos e,
eventualmente, algumas depressões (isto é, áreas rebaixadas).
*Bacias
sedimentares: mais recentes que os escudos, datam das eras
Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Constituídas por detritos
acumulados e compostas de rochas sedimentares, originam planícies,
planaltos sedimentares e depressões.
*Dobramento
modernos: áreas que sofreram grandes dobramentos (elevações do
terreno) em consequência de pressões originadas no interior do
planeta, no período Terciário (era Cenozoica), e que formam relevo
montanhosos jovens ou terciárias (Alpes, Andes, Himalaia, Rochosas e
outras).
A
estrutura geológica do relevo brasileiro é constituída por
escudos cristalinos, que abrangem pouco mais de um terço (36%) do
território nacional, e por bacias sedimentares, que ocupam cerca de
dois terços (64%). Não existem dobramentos modernos no Brasil.
Como
o território brasileiro é predominantemente tropical, com
elevadas temperaturas, chuvas normalmente abundantes e reduzidas
atividade geológica interna (vulcanismo, terremotos, dobramentos),
os agentes que provocam maiores modificações no relevo brasileiro,
além do ser humano, são o clima (chuvas, ventos, temperatura) e a
hidrografia (rios).
As
altitudes do relevo brasileiro, em geral , são modestas. Apenas dois
picos se aproximam de 3 mil metros de altitude: o pico da Neblina (2
993m) e o pico 31 de Março (2 972m), ambos localizados próximo à
fronteira do estado do Amazonas com a Venezuela.
Isso
se deve à inexistente de dobramento modernos no Brasil, pois o
território que atualmente configura o país não foi, durante o
período Terciário, atingido pelos dobramentos que se verificam na
costa oeste da América do Sul e deram origem à cordilheiras dos
Andes. Além disso, a antiguidade dos terrenos mais elevados do país
-os escudos cristalinos do período Arqueozoico – fez com que eles
se desgastassem pelo constante processo erosivo, que modificou as
formas de relevo mais salientes.
CHAPADA DIAMANTINA |
Entretanto,
o predomínio de baixas altitudes não significa que o relevo
brasileiro seja predominantemente de planícies, como se
pensava no passado. Na realidade o relevo brasileiro é constituído
basicamente por planaltos, com alguns chapadões e serras,
além de depressões. As planícies ocupam bem menos de um quinto do
território nacional.
SERRA DO RIO DO RASTRO -SC |
Muitas
áreas outrora tidas, como planícies são, de fato, depressões ou
planaltos de baixas altitudes (os planaltos sedimentares ou típicos).
O maior exemplo é a planície Amazônica. Há alguns anos,
costumava-se considerar planície toda a imensa área que margeia o
rio Amazonas e seus afluentes (mais de 1600km², com altitude de 0 a
200m). no entanto, apenas cerca de 1% dessa área é, de fato,
planície: os 99% restantes são depressões ou baixos platôs (áreas
bastante aplainadas pela erosão, com inúmeras colinas).
Adorei, muito bom! Tirei minhas dúvidas rapidamente, pois foi explicado de forma bem clara.Obrigado.
ResponderExcluirmuito bom adorei
ResponderExcluirQual o relevo que predomina no Brasil?
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