A Formação Territorial dos Estados Unidos

Os Estados Unidos representa a grande força política, econômica, militar e cultural da atualidade. são o segundo maior pais em área e têm a maior população do continente.

A formação territorial

O território dos Estados Unidos, com 9.372.614 Km², é o quarto maior do mundo, depois da Rússia, Canadá e China.

Esse espaço territorial começou a ser delimitado no século XVI com a chegada dos europeus (Espanha, França e Inglaterra) que deram início à conquista e à colonização, processos que se prolongaram por todo o século XVII.

Na primeira metade do século XVIII, já estavam constituídas as Treze Colônias inglesas da América do Norte, consideradas o princípio do que viriam a ser os Estados Unidos da América.

A declaração de Independência ocorreu em 4 de julho de 1776.

As treze colônias

No final do século XVI, ingleses se fixaram entre os montes Apalaches e a costa Atlântica da América do Norte, formando as Treze Colônias. As treze colônias apresentaram diferenças nos processos de ocupação, nas atividades econômicas e nas relações com a Inglaterra.

As Colonias do Norte também chamadas de Nova Inglaterra, tinham clima temperado, semelhante ao da Inglaterra, o que os impediu de implantar lavouras tropicais, produtos estes valorizados na Europa, e também não existiam jazidas de ouro ou prata. Nessa região se desenvolveram a agropecuária e a manufatura, que atendiam às necessidades do mercado local. Baseadas em pequenas e médias propriedades agrícolas policultoras, no predomínio do trabalho livre e assalariado, nessas áreas facilitou a formação de um mercado consumidor interno.

Com isso, a colonização de povoamento acabou por atender às necessidades da própria região, que alcançou certa autonomia econômica em relação à Inglaterra, podendo negociar os excedentes de produção com outras regiões.

Nas Colônias do Sul o clima subtropical permitia o plantio de culturas como algodão e tabaco para o abastecimento do mercado europeu. Assim, o modelo adotado nessas colônias foi semelhante àquele implantado na América Latina, a colonização de exploração: trabalho escravo em grandes propriedades agrícolas onde se destacava a monocultura voltada para a exploração, as plantations. As relações com a Inglaterra eram de dependência, pois a maioria dos produtos destinavam-se a abastecer o mercado inglês e, de lá, outros países europeus. Já os produtos de luxo consumidos nas colônias pelas famílias dos grandes proprietários rurais vinham da Inglaterra.

Em 1776, os colonos do Norte e do Sul se uniram e declaram independência em relação à Inglaterra: nasciam assim os Estados Unidos da América. Mas as diferenças marcaram profundamente o novo país e culminaram, quase um século depois da Declaração da Independência, no conflito conhecido como Guerra da Secessão (1861 -1865).

A expansão territorial para o oeste

Após a Independência dos Estados Unidos, o governo partiu para a expansão territorial que resultou na sua atual configuração. Os políticos e a imprensa justificavam e expansão recorrendo à chamada doutrina do Destino Manifesto.

Esse processo de ampliação territorial ocorreu a partir da compra e da anexação de terras pertencentes a outros países – período compreendido entre o ano de 1776 e o fim do século XIX, e de uma forma muito rápida:

• Compra de terras (França e Espanha);
• tratado com a Inglaterra;
• guerras com o México – o principal prejudicado, que acabou perdendo um extensa área que vai do Texas à Califórnia.

As áreas incorporadas

Flórida, Louisiana e Oregon, que pertenciam respectivamente à Espanha, França e Inglaterra, esses países venderam suas terras para o governo norte-americano na primeira metade do século XIX.

As terras ao sul foram,em sua maior parte, adquiridas a partir de guerras e anexações forçadas. Quase metade do antigo território do México foi anexada aos Estados Unidos.

Em 1867, os Estados Unidos compraram o Alasca, o maior estado da União, é uma península localizada próximo ao Canadá, que até então pertencia à Rússia, e desembolsaram US$ 7,2 milhões, um valor alto na época. Hoje o Alasca é uma região muito explorada economicamente, pois seu território é rico em petróleo e ouro. Em 1898, o arquipélago Havaí foi invadido pelos Estados Unidos e se transformou em um estado desse país, condições que mantém até hoje.

A conquista do oeste contou com a participação de muitos imigrantes europeus: governo garantia aos imigrantes a posse definitiva de 160 acres de terras conquistadas, caso as cultivassem ou criassem gado por cinco anos.

O imperialismo

Consolidada a conquista do oeste e os contornos do atual território, os Estados Unidos intensificaram a políticas de extensão externa, com o intuito de ampliar sua influência sobre outras regiões.

Desde 1823, o país manifestava abertamente o interesse em afirmar sua hegemonia sobre o continente americano. Esse objeto teve como fundamento a Doutrina Monroe, editada por James Monroe, presidente dos Estados Unidos entre 1817 e 1825.

A expansão imperial

Depois de atingir a costa do pacífico, teve início um segundo momento da expansão dos Estados Unidos, com a aquisição do Alasca.

Cuba, Porto Rico e Filipinas

A ambição expansionista ficaria ainda mais evidente no final do século XIX, com a Guerra Hispano - Americana de 1898. Depois de enviar tropas em apoio aos cubanos, que lutavam por sua independência, os Estados Unidos anexaram territórios até então pertencentes à Espanha, como a ilha de Porto Rico e o arquipélago das Filipinas, no Pacífico.

Cuba permaneceu ocupada por tropas estadunidenses até 1902. Depois disso, uma emenda à Constituição cubana, a Emenda Platt, deu o governo dos Estados Unidos o direito de intervir na ilha a qualquer momento. A emenda permaneceu em vigor até 1933.

Havaí

Ainda em 1898, a república do Havaí, proclamada cinco anos antes e presidida por um cidadão dos estados Unidos, foi anexada pelo governo de Washington. Em 1900, tornou-se oficialmente um território dos Estados Unidos.

Assim, o país formado em 1776, além de exercer sua hegemonia sobre extensos territórios da América Central, transformou-se numa potência imperialista, com possessões nos oceanos Atlântico e Pacífico.