O planeta Terra

Resumo do capítulo 8, páginas 95 à 107 - Livro: Geo Crítica autor: J. William Vesentini e Vânia Vlach

1. O que é a superfície da Terra? A superfície terrestre significa o mesmo que espaço geográfico. A superfície terrestre corresponde a uma camada de mais ou menos 20 Km de espessura, que representa a área de contato de três importantes camadas da Terra: 1ª) a litosfera:também conhecida como crosta terrestre, constituída por rochas e minerais. A litosfera é representada pelos continentes, pelas ilhas e pelo fundo ou assoalho dos oceanos. 2ª) a hidrosfera: é o conjunto das águas sob à forma líquida da superfície terrestre: os mares, oceanos, rios, lagos e as águas subterrâneas, o ser humano interage no máximo 1Km de profundidade da porção hidrosfera com a extração de alimentos e de recursos minerais.

3ª) a atmosfera: é a camada gasosa da Terra, constituída por diversos gases, principalmente oxigênio e nitrogênio, além de vapor de água. Ela corresponde ao ar que respiramos. A atmosfera tem 800 Km de altitude, mas a superfície terrestre mantém contato, no máximo, 12 Km de altitude – que ocorrem os fenômenos importante para a vida humana: chuva, nuvens, a umidade do ar. É nela que circulam as aeronaves.

A Biosfera é a parte da superfície terrestre onde se encontra todos os seres vivos além de elementos inorgânicos, que permitem ou sustentam a existência da vida no planeta,como os solos, o ar, a água, a radiação solar, etc.

2. O interior da Terra

A Terra não é um corpo sólido, uniforme e estático. Segunda a teoria de Gaia, a Terra é um organismo dinâmico, que se modifica o tempo todo. De forma simplificada, costuma-se dividir a estrutura da terra em três partes ou camadas principais: 1ª) a crosta terrestre: ou litosfera- é a camada sólida superficial da Terra. Nela podemos distinguir: a crosta continental (que forma os continentes) e a crosta oceânica (assoalho dos oceanos). 2ª) o manto situa-se abaixo da crosta terrestre. Uma grande parte do manto encontra-se na forma viscosa, ou seja, na mesma forma do magma dos vulcões. Isso explica por que algumas partes da litosfera se encontram em movimento, como se deslizassem lentamente sobre componentes escorregadios. 3ª) o núcleo da Terra, unidade central do planeta, é formado por materiais bem mais densos que os do manto ou da crosta, com predomínio do níquel e do ferro.

Para compreender melhor o interior da Terra é necessário conhecer o grau geotérmico (o aumento progressivo da temperatura conforme se adentra em direção ao núcleo do planeta) e a lei da gravidade (no processo de formação do planeta os materiais mais densos se concentraram na parte central da Terra).

3. A Terra: um planeta em constante mudança

A Terra é um sistema dinâmico no qual diversos fenômenos naturais ocorrem frequentemente, exemplo no dia a dia: chuvas, mudanças do tempo atmosférico, ondas marés, ventos, movimentos das nuvens, raramente, algumas vezes, estão associados a calamidades ou catástrofes: furacões, enchentes, terremotos, maremotos e tsunamis,erupções vulcânicas, grandes períodos de seca em determinadas regiões e inundações em outras.

Como vimos, segundo a teoria de Gaia, a Terra é um organismo vivo, em constante mudanças, no qual os eventos interagem e se relacionam globalmente. Todo fenômeno gera consequências e afeta outros fenômenos. (ler pág. 100)

Considera-se que todo movimento, toda mudança de estado, depende de algum gasto de energia. Existe duas principais fontes de energia que atuam sobre a superfície da Terra e provocam grandes modificações: 1ª) a irradiação solar: sem a energia solar, não existiria vida no planeta. A irradiação solar é responsável por inúmeros fenômenos que ocorrem na superfície terrestre, entre os quais podemos citar as variações de temperatura, os ventos e o ciclo da água. 2ª) a energia oriunda do interior do planeta é responsável pelo vulcanismo, pelos terremotos e maremotos, pelos dobramentos que deram origem às cadeias de montanhas e pela tectônica das placas.

As placas tectônicas

Na crosta terrestre (litosfera) existem rachaduras, existem blocos diferentes que recebem o nome de placas tectônicas, ou seja a litosfera é formada por diversas placas. Sobre elas que se encontram os continentes e os assoalhos dos oceanos. Todas as placas, que são rígidas (sólidas), flutuam sobre o manto, que é mais viscoso ou semilíquido. O Brasil se encontra sobre a Placa Sul-Americana.

As placas não se encontram paradas, elas se movimentam, se chocam ou se afastam umas das outras. Esses movimentos das placas tectônicas constituem a causa fundamental de inúmeros fenômenos que ocorrem na superfície terrestre, principalmente a formação das altas cadeias de montanhas (a cordilheira dos Andes , na América do Sul, é um dos exemplos), as erupções vulcânicas e os abalos sísmicos (terremotos -nos continentes e maremotos- nos mares). As áreas situadas no ponto de encontro de duas ou mais placas são as mais sujeitas a terremotos e vulcanismo.

Os abalos sísmicos é praticamente imperceptível pelas pessoas. Sabe-se que eles existem porque há um aparelho para medi-los: o sismógrafo. Os maremotos quando são muito fortes, provocam a formação de ondas gigantescas. O Tsunami é uma série de ondas que podem viajar pelo oceano com velocidade superior a 800Km/h.

Vulcanismo é o conjunto de processos que provocam a ascensão do magma até a superfície, através de fendas na crosta terrestre. O magma é um material semilíquido, com grande mobilidade e temperaturas muito elevadas. As erupções vulcânicas formam o edifício vulcânica, que é uma montanha em que se distinguem a cratera e a chaminé vulcânica. As erupções vulcânicas não ocorrem apenas na terra, nos continentes e ilhas, mas também no assoalho dos oceanos. São chamadas de erupções submarinas.